Nomofobia – A Síndrome da Dependência Digital

O que é Nomofobia?

Nomofobia é o medo irracional de estar sem celular ou aparelhos eletrônicos em geral.

Está relacionada ao vício em tecnologias. Ou seja, quanto maior a Dependência Digital, maior a fobia.

Considerando que a OMS define vício como doença, a Dependência Digital e a Nomofobia são doenças novas, que surgiram pelas mudanças e avanços tecnológicos na sociedade.

A facilidade de entrar em contato com outras pessoas e, ao mesmo tempo, de estar ao alcance delas traz inúmeras consequências, tanto positivas quanto negativas.

Desde o avanço da telefonia móvel, o celular se converteu em um item praticamente indispensável na vida das pessoas. A proporção de usuários de celular é pelo menos três vezes maior que a de usuários de internet e cinco vezes maior que usuários de televisão.

Segundo pesquisa, 138,3 milhões de brasileiros, ou 77,1% da população com 10 anos ou mais de idade, tinham celular próprio (PNAD Contínua, IBGE 2017). O acesso à tecnologia móvel avança mais rápido do que a universalização do saneamento básico, segundo a mesma pesquisa.

A posse do celular é maior entre os jovens de 25 a 34 anos, faixa em que a penetração é de 88,6%. Quanto maior a idade, menor a proporção, chegando a 60,9% na população com 60 anos ou mais.

No caso da Nomofobia, o receio de ficar incomunicável é a explicação dada por pessoas que procuram psicólogos para tratar a disfunção.

A principal alegação deles para não ficarem momento algum sem o aparelho celular, por exemplo, é dizer que podem passar mal na rua e, sem contato, ficariam sem socorro.

Nesses casos podemos fazer um paralelo: imagine um usuário de drogas na hora em que ele pensa em ficar sem a droga. Ele apresentará sintomas tais como: taquicardia, sudorese, irritabilidade, impaciência, pânico. Segundo os médicos e outros especialistas da área, ocorre o mesmo com quem possui o vício do celular.

Atualmente, muitas pessoas apresentam esta condição.

Apesar de ser tênue a linha que separa a dependência do uso excessivo, podemos identificar que muitas pessoas tem demonstrado o nível de maior comprometimento do chamado vicio digital.

Segundo o levantamento de pesquisas, 176 milhões de pessoas no mundo são viciadas em tecnologia.

Como enfrentar a Nomofobia

A nomofobia afeta significantemente o processo de ensino-aprendizagem da população.

Estudantes sentem ansiedade e medo quando não estão com seus celulares e observam frequentemente seus aparelhos durante a aula, ansiosos por mensagens.

A incidência da Nomofobia nas relações socioafetivas de jovens entre 17 e 21 anos, é tão alta que eles consideram o celular uma necessidade básica para se relacionarem, deixando de lado as relações pessoais.

A apego ao celular chega a ser maior do que o apego pelos familiares, tornando assim mais comuns os problemas com a família e de comunicação, já que os pais passam muito tempo trabalhando enquanto os filhos ficam sozinhos dedicando tempo à tecnologia e não ao estudo.

Ambos os trabalhos sugerem ações de enfrentamento a essa dependência. A segunda pesquisa, citada acima, pode ser conferida na íntegra aqui.

Há uma estimativa que atualmente no Brasil 10% dos brasileiros sofrem com esse mal e com a velocidade com que a internet chega aos lares esse número tende a aumentar ainda mais.

Os usuários vão se distraindo pelas facilidades que os aparelhos celulares têm e vão esquecendo como controlar o tempo gasto nas redes sociais. A gravidade do problema está levando a uma mobilização mundial em busca de soluções.

Será que tenho Nomofobia?

Para você saber se está exagerando ou não no uso do celular preste atenção nos seguintes sinais:

  1. Checar o celular a cada dois minutos, de forma obsessiva;
  2. Ter a impressão de que a toda hora o celular está tocando ou vibrando;
  3. Em casos mais extremos, sintomas de abstinência na falta do aparelho, como taquicardia e sudorese;
  4. Mentir sobre o tempo que gasta no celular;
  5. Ficar com o humor alterado e apresentar irritação sempre quando o sinal da internet desaparece;
  6. Ter o trabalho e as relações familiares ou com amigos em risco pelo uso excessivo do celular;
  7. Tentar diminuir o tempo na internet sem qualquer êxito.

Como ajudar os filhos a usarem a tecnologia de forma saudável?

Apesar de ser um assunto novo, comparando com a Dependência Química podemos encontrar conceitos já conhecidos há mais tempo. Seria a Nomofobia um tipo de abstinência?

Pode ocorrer que a dependência virtual esteja associada ainda a outros transtornos psiquiátricos como depressão, fobia social, transtorno bipolar do humor e déficit de atenção e hiperatividade.

Por isso é importante que a pessoa que se identifica com muitos desses sinais procure ajuda ou, ainda, que os familiares e amigos possam auxiliar na identificação do problema para que ele seja sanado. Nos casos mais graves já é previsto, inclusive, a necessidade de internação voluntária.

E os pais e responsáveis também devem ficar atentos, pois, segundo uma pesquisa de uma Universidade de Nova Yorque, 18% das crianças são viciadas em celular. Por isso é importante estabelecer tempo de conexão e verificar o conteúdo que os pequenos estão acessando.

Além dos problemas que envolvem o distanciamento dos laços afetivos reais, as interações presenciais, o comprometimento da produtividade e atenção no trabalho, ainda podemos somar os problemas ortopédicos que o excesso de tempo ao celular provocam.

Vão de dores musculares na coluna lombar e no pescoço, dores nas mãos e nos polegares, também desenvolvem desgaste e artrose. Tudo isso associado ao estilo de vida sedentário da maioria das pessoas que desenvolve vício da tecnologia pode ser uma combinação bastante prejudicial à saúde.

 



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